Brasileiras presas na Alemanha dizem que ficaram em cela fria, suja e sem comer
Página inicialBRASILBrasileiras presas na Alemanha dizem que ficaram em cela fria, suja e sem comer
Brasileiras presas na Alemanha dizem que ficaram em cela fria, suja e sem comer
Abril 17, 2023

Em entrevista ao Fantástico, elas relataram o drama vivido na prisão após troca de malas
Porto Velho, RO - Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, veiculada na noite deste domingo (16), as brasileiras Kátyna BaĂa, 44, e Jeanne Paolini, 40, relembraram o drama vivido em pouco mais de um mĂŞs em que estiveram presas na Alemanha. Elas tiveram a identificação da mala trocada e foram detidas em Frankfurt sob a acusação de levar 40 kg de cocaĂna na bagagem.
Segundo elas, ao serem detidas no aeroporto, foram separadas e ficaram em salas diferentes, algemadas pelas mãos e pelos pés por cinco horas, com fome e com frio. Só souberam do que eram acusadas quando chegou um intérprete.
"ApĂłs passarmos por uma humilhante revista Ăntima, fomos transferidas para um prĂ©dio provisĂłrio. Era um lugar frio, com cela suja e pessoas gritando e batendo nas portas. Desde aquele dia nĂŁo dormimos mais", contou Jeanne ao programa. "Ficávamos 16 horas por dia trancadas naquela cela."
luna, jeanne e kátyna posam para foto, sorriem e seguram passaportes brasileiros na mãoluna, jeanne e kátyna posam para foto, sorriem e seguram passaportes brasileiros na mão
A advogada Luna Provázio (esq.) com Jeanne Paolini e Kátyna BaĂa, que desembarcaram em Goiânia na Ăşltima sexta (14) apĂłs um mĂŞs de prisĂŁo na Alemanha - Luna Provázio
"Naquele lugar tinha assassinas em série, incendiárias... Era insalubre de várias maneiras, mental e fisicamente", acrescentou Kátyna.
Jeanne afirmou que passava o tempo rezando e pedindo que aquilo fosse um sonho. "A sensação de injustiça era muito grande, ficar num presĂdio com vocĂŞ sabendo que era inocente. Isso dĂłi muito mais."
Kátyna disse que sofreu ainda mais por outro motivo. Por ter passado por uma cirurgia para corrigir um aneurisma cerebral há alguns anos, ela afirmou Ă reportagem do Fantástico que precisava tomar medicamentos de uso contĂnuo, o que, segundo sua versĂŁo, foi negado pela Justiça alemĂŁ. "Depois de ficar um tempo sem tomar a medicação, falei com outra mĂ©dica e ela resolveu mudar o princĂpio ativo e a quantidade. Assim, tive de tomar aleatoriamente porque precisava."
No fim da entrevista, o casal afirmou que a experiĂŞncia ruim na Alemanha nĂŁo vai fazer com que pare de viajar. "Vamos continuar viajando, com malas de mĂŁo", disse Jeanne. "A gente espera que a partir daqui muita coisa mude. A gente paga muito caro pelas bagagens e o mĂnimo que as companhias devem dar Ă© segurança. NĂŁo desejo isso para ninguĂ©m. NĂŁo quero que ninguĂ©m na vida passe por isso que passamos."
ApĂłs a Justiça brasileira enviar a confirmação das trocas de etiquetas por uma quadrilha no aeroporto de Guarulhos, na Grande SĂŁo Paulo, a Alemanha libertou as brasileiras na Ăşltima terça (11). Na sexta-feira (14), elas desembarcaram em Goiânia, onde se reencontraram com a famĂlia.
Fonte: Folha de SĂŁo Paulo
Abril 17, 2023

Em entrevista ao Fantástico, elas relataram o drama vivido na prisão após troca de malas
Porto Velho, RO - Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, veiculada na noite deste domingo (16), as brasileiras Kátyna BaĂa, 44, e Jeanne Paolini, 40, relembraram o drama vivido em pouco mais de um mĂŞs em que estiveram presas na Alemanha. Elas tiveram a identificação da mala trocada e foram detidas em Frankfurt sob a acusação de levar 40 kg de cocaĂna na bagagem.
Segundo elas, ao serem detidas no aeroporto, foram separadas e ficaram em salas diferentes, algemadas pelas mãos e pelos pés por cinco horas, com fome e com frio. Só souberam do que eram acusadas quando chegou um intérprete.
"ApĂłs passarmos por uma humilhante revista Ăntima, fomos transferidas para um prĂ©dio provisĂłrio. Era um lugar frio, com cela suja e pessoas gritando e batendo nas portas. Desde aquele dia nĂŁo dormimos mais", contou Jeanne ao programa. "Ficávamos 16 horas por dia trancadas naquela cela."
luna, jeanne e kátyna posam para foto, sorriem e seguram passaportes brasileiros na mãoluna, jeanne e kátyna posam para foto, sorriem e seguram passaportes brasileiros na mão
A advogada Luna Provázio (esq.) com Jeanne Paolini e Kátyna BaĂa, que desembarcaram em Goiânia na Ăşltima sexta (14) apĂłs um mĂŞs de prisĂŁo na Alemanha - Luna Provázio
"Naquele lugar tinha assassinas em série, incendiárias... Era insalubre de várias maneiras, mental e fisicamente", acrescentou Kátyna.
Jeanne afirmou que passava o tempo rezando e pedindo que aquilo fosse um sonho. "A sensação de injustiça era muito grande, ficar num presĂdio com vocĂŞ sabendo que era inocente. Isso dĂłi muito mais."
Kátyna disse que sofreu ainda mais por outro motivo. Por ter passado por uma cirurgia para corrigir um aneurisma cerebral há alguns anos, ela afirmou Ă reportagem do Fantástico que precisava tomar medicamentos de uso contĂnuo, o que, segundo sua versĂŁo, foi negado pela Justiça alemĂŁ. "Depois de ficar um tempo sem tomar a medicação, falei com outra mĂ©dica e ela resolveu mudar o princĂpio ativo e a quantidade. Assim, tive de tomar aleatoriamente porque precisava."
No fim da entrevista, o casal afirmou que a experiĂŞncia ruim na Alemanha nĂŁo vai fazer com que pare de viajar. "Vamos continuar viajando, com malas de mĂŁo", disse Jeanne. "A gente espera que a partir daqui muita coisa mude. A gente paga muito caro pelas bagagens e o mĂnimo que as companhias devem dar Ă© segurança. NĂŁo desejo isso para ninguĂ©m. NĂŁo quero que ninguĂ©m na vida passe por isso que passamos."
ApĂłs a Justiça brasileira enviar a confirmação das trocas de etiquetas por uma quadrilha no aeroporto de Guarulhos, na Grande SĂŁo Paulo, a Alemanha libertou as brasileiras na Ăşltima terça (11). Na sexta-feira (14), elas desembarcaram em Goiânia, onde se reencontraram com a famĂlia.
Fonte: Folha de SĂŁo Paulo

Nenhum comentário