Os gritos de guerra cederão aos apelos pela paz, por Juvenil Coelho - CORREIO CONTINENTAL

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Os gritos de guerra cederão aos apelos pela paz, por Juvenil Coelho


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Os gritos de guerra cederão aos apelos pela paz, por Juvenil Coelho
março 04, 2025

CONTRA AS GOTAS DOS GRITOS ECOANTES DE GUERRA, HAVERÃO DE SILENCIAR FRENTE AOS APELOS E CLAMORES PELA PAZ UNIVERSAL

Por Juvenil Coelho

Apesar da grande repercussão midiática, o nosso festivo e encantador Carnaval mais uma vez brilhou nas ruas e passarelas das principais capitais do país. O evento ocupou as páginas, colunas e telas dos mais influentes veículos de comunicação de massa, chegando até a mídia internacional, que simultaneamente noticiou o glamoroso e disputado Oscar 2024. Neste, um fato inédito: a premiação do filme brasileiro Ainda Estou Aqui, de Rubens Paiva e Fernanda Torres, como o melhor longa-metragem internacional da temporada.


Diante de tudo isso, fica evidente a mensagem que queremos transmitir ao mundo: preferimos a alegria vibrante do nosso povo em vez de dar ouvidos às palavras rancorosas de líderes imbecis, defensores intransigentes da desordem social e transgressores dos direitos fundamentais. Isso ficou claro no recente encontro do presidente dos Estados Unidos com o mandatário da Croácia, um episódio diplomático trágico e vergonhoso para a paz mundial.

Repudiamos não apenas os acordos de guerra, mas também os acontecimentos recentes e, sobretudo, a destruição causada pelos blindados e o estrondo das bombas lançadas por nações insensatas. É lamentável que tenha sido aceso ali o estopim de um possível conflito global, capaz de desencadear a centelha da Terceira Guerra Mundial.

Como nação honrada, livre e independente, temos o dever de agir para apaziguar as chamas desse conflito, conciliando os interesses das partes envolvidas. Afinal, na guerra todos perdem. Não importa a distância geográfica que nos separa do epicentro dos confrontos; em um mundo globalizado, as crises repercutem em todas as nações.

Não é de hoje que percebemos as grandes potências tentando solapar os direitos das nações menores e economicamente frágeis. Os poderosos se esquecem de que o domínio material é efêmero e que impérios caem com o tempo. Basta lembrar o destino do Império Medo-Persa de Nabucodonosor e do grandioso Império Romano, ambos ruídos com o passar dos séculos.

Para aqueles que desconhecem os horrores da guerra, basta um olhar atento às atuais movimentações bélicas. Hoje, a Rússia, sob o comando do ditador Vladimir Putin, detém o maior arsenal nuclear do mundo, com aproximadamente 6.000 ogivas de médio e longo alcance, capazes de devastar o planeta em poucas horas – assim como aconteceu com Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial. Em contrapartida, todas as demais potências somadas possuem menos de 5.000 ogivas nucleares.

Outro fator crucial que fomenta os conflitos entre nações é a indústria bélica, que segue ativa e lucrativa em todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem mais de 30.000 fábricas de armas convencionais, muitas delas incentivadas diretamente pelo governo. Além disso, o poderio militar não se limita a bombas e fuzis: inclui porta-aviões, bombardeiros, submarinos e inúmeros outros equipamentos de guerra.

Se somarmos todos os recursos financeiros gastos nas guerras entre Rússia e Croácia, assim como no conflito entre Israel e Hamas, perceberemos que tais valores seriam suficientes para erradicar a fome nos países pobres e em desenvolvimento por pelo menos dez anos. Poderiam afastar a miséria e inúmeros outros males da humanidade.

Fica o questionamento para os líderes mundiais que só enxergam seus próprios interesses e ignoram os princípios de moralidade, respeito e dignidade para com aqueles que lhes deram um voto de confiança.

Portanto, reflitam, nobres mandatários! A guerra sempre foi e sempre será um caminho sem volta – cruel, inglório e marcado pela destruição de vidas inocentes. Ganhar ou perder um conflito não muda o fato de que os verdadeiros afetados são os povos, que sofrem com a morte e o desespero. O que prevalece, no final, é a obstinação dos poderosos em vencer a qualquer custo.

Como bem declarou Napoleão Bonaparte, um dos mais emblemáticos guerreiros da modernidade, ao marchar para a batalha:

"Quem teme ser vencido, tem a certeza da derrota."

Curiosamente, mais tarde, o mesmo Napoleão se rendeu aos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, valores defendidos e cultivados pela ordem maçônica.

Juvenil Coelho é jornalista, articulista político e diretor do Instituto Phoenix de pesquisa descritiva.

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