Lula cobra ‘coragem’ do Congresso para regulamentar as redes sociais: ‘Se não tiver, que o Supremo tenha’
Cobrança de Lula ocorre no momento em que o STF retoma o julgamento de casos que podem impor novas regras para as big techs no Brasil

Lula cumpre agendas oficiais em Paris, na França. Foto: Christophe PETIT TESSON / POOL / AFP
Porto Velho, RO - O presidente Lula (PT) cobrou, nesta quinta-feira 5, ‘coragem’ dos parlamentares para aprovar uma regulamentação das redes sociais. Com o tema emperrado no Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal decidiu avançar em um julgamento sobre a responsabilização das big techs.
“É preciso trabalhar a regulação das redes digitais, que de sociais não têm nada. São muito ruins, sobretudo para crianças e adolescentes”, disse o petista. “É preciso que o Parlamento tenha coragem e que, se não tiver coragem, que tenha a Suprema Corte — de todos os países — para fazer uma regulação.”
Para Lula, essa é a principal ‘briga’ política a ser travada no Brasil — e no mundo — nos próximos meses. Ele disse esperar também mais mobilização social em torno da causa.
As declarações de Lula ocorrem no momento em que o STF retoma a discussão sobre um artigo do Marco Civil da Internet que pode reinterpretar a responsabilidade das plataformas que operam no Brasil sobre o conteúdo postado pelos usuários. O tema foi colocado em pauta, segundo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, diante de uma omissão do Congresso Nacional.
Na Corte, ainda não há maioria formada em torno de nenhuma tese. Três ministros, porém, já sinalizaram ser favoráveis a endurecer as regras para as empresas, ainda que divirjam sobre a extensão dessa responsabilidade.
Extrema-direita
Lula também tornou a criticar o negacionismo da extrema-direita e a alertar sobre o avanço de projetos autoritários no mundo. No discurso, afirmou esperar que um dia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pague por crimes cometidos durante a pandemia.
Sobre a extrema-direita e os projetos autoritários, alertou democratas a tomarem cuidado para não ‘perder tudo o que construíram depois da Segunda guerra’. “Estejam preparados porque há uma corrente no mundo hoje de extrema-direita, nazista e fascista, negacionista”, afirmou. “Eles só têm um discurso, aqui na Europa, contra imigração e contra a corrupção. E isso está ganhando corpo em muitos países”, comentou, citando a recente derrota do Partido Socialista em Portugal.
Fonte: Carta Capital

Lula cumpre agendas oficiais em Paris, na França. Foto: Christophe PETIT TESSON / POOL / AFP
Porto Velho, RO - O presidente Lula (PT) cobrou, nesta quinta-feira 5, ‘coragem’ dos parlamentares para aprovar uma regulamentação das redes sociais. Com o tema emperrado no Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal decidiu avançar em um julgamento sobre a responsabilização das big techs.
“É preciso trabalhar a regulação das redes digitais, que de sociais não têm nada. São muito ruins, sobretudo para crianças e adolescentes”, disse o petista. “É preciso que o Parlamento tenha coragem e que, se não tiver coragem, que tenha a Suprema Corte — de todos os países — para fazer uma regulação.”
Para Lula, essa é a principal ‘briga’ política a ser travada no Brasil — e no mundo — nos próximos meses. Ele disse esperar também mais mobilização social em torno da causa.
As declarações de Lula ocorrem no momento em que o STF retoma a discussão sobre um artigo do Marco Civil da Internet que pode reinterpretar a responsabilidade das plataformas que operam no Brasil sobre o conteúdo postado pelos usuários. O tema foi colocado em pauta, segundo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, diante de uma omissão do Congresso Nacional.
“O Supremo esperou por muitos anos a aprovação de legislação pelo Congresso. A lei não veio, mas nós temos casos para julgar”, disse, recentemente, o ministro.
Na Corte, ainda não há maioria formada em torno de nenhuma tese. Três ministros, porém, já sinalizaram ser favoráveis a endurecer as regras para as empresas, ainda que divirjam sobre a extensão dessa responsabilidade.
Extrema-direita
Lula também tornou a criticar o negacionismo da extrema-direita e a alertar sobre o avanço de projetos autoritários no mundo. No discurso, afirmou esperar que um dia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pague por crimes cometidos durante a pandemia.
“Haverá um dia em que Bolsonaro será julgado como criminoso por não respeitar a ciência e permitir que morressem mais de 700 mil pessoas de Covid no Brasil”, disse Lula. “Morreram enquanto ele orientava pessoas a tomarem remédio que não servia para combater a Covid e enquanto ele fazia discursos para que as pessoas não tomassem vacina, porque vacina fazia virar gay, mulher e jacaré.”
Sobre a extrema-direita e os projetos autoritários, alertou democratas a tomarem cuidado para não ‘perder tudo o que construíram depois da Segunda guerra’. “Estejam preparados porque há uma corrente no mundo hoje de extrema-direita, nazista e fascista, negacionista”, afirmou. “Eles só têm um discurso, aqui na Europa, contra imigração e contra a corrupção. E isso está ganhando corpo em muitos países”, comentou, citando a recente derrota do Partido Socialista em Portugal.
Fonte: Carta Capital

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