Dino determina que PF investigue R$ 694 mi em emendas parlamentares irregulares
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Dino determina que PF investigue R$ 694 mi em emendas parlamentares irregulares
agosto 25, 2025
O TCU (Tribunal de Contas da UniĂŁo) será o responsável por identificar cada uma das emendas e enviar os dados para a investigação da PolĂcia Federal

© Getty Images
Porto Velho, RO - O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou neste domingo (24) que a PolĂcia Federal abra inquĂ©rito para investigar 964 emendas parlamentares que nĂŁo tiveram seus planos de trabalho cadastrados.
As emendas, somadas, chegam a R$ 694 milhões. O TCU (Tribunal de Contas da UniĂŁo) será o responsável por identificar cada uma das emendas e enviar os dados para a investigação da PolĂcia Federal.
O inquérito será aberto após o Supremo decidir que as emendas Pix deveriam ser executadas mediante a aprovação de um plano de trabalho. Após a decisão, parlamentares procuraram regularizar seus repasses para evitar a suspensão dos pagamentos.
Em fevereiro, havia mais de 8.200 planos não cadastrados. O número desceu para 6.760 em março. Mesmo após mais de seis meses, 964 emendas Pix seguem sem o detalhamento da sua execução.
As emendas Pix são transferências de recursos feitas por parlamentares que, até 2024, não tinham objeto predeterminado de contratação. O Supremo determinou que cada emenda desse tipo deve ter um plano de trabalho especificando sua execução.
Dino deu dez dias para que o TCU identifique o autor de cada emenda Pix irregular e o estado que recebeu o recurso. As informações serĂŁo depois compartilhadas com cada superintendĂŞncia regional da PolĂcia Federal, responsável por abrir seus inquĂ©ritos.
Na mesma decisão deste domingo, o ministro do Supremo determinou que a AGU (Advocacia-Geral da União) e os ministérios elaborem, em 15 dias úteis, um cronograma de análise das prestações de contas de emendas parlamentares entre 2020 e 2024.
Dino ainda decidiu que a CGU (Controladoria-Geral da União) deve realizar uma auditoria para verificar os repasses de recursos para a Associação Moriá nos anos de 2022 e 2024.
A organização recebeu recursos de emendas parlamentares para realizar jogos estudantis de esportes digitais no Distrito Federal. Há suspeitas de superfaturamento e desvio de recursos públicos.
O ministro determinou que o Banco do Brasil, a Caixa EconĂ´mica Federal e o Banco do Nordeste criem contas especĂficas para cada emenda coletiva (bancada e comissĂŁo).
As demais instituições financeiras devem criar tambĂ©m soluções tecnolĂłgicas para "travar/bloquear movimentações nas contas especĂficas que resultem em transferĂŞncias para outras contas ou saque na 'boca do caixa'".
Dino destacou que os repasses das emendas individuais serão feitos por Ordem de Pagamento da Parceria, uma solução encontrada para ampliar a rastreabilidade dos recursos. A mudança passa a valer no Orçamento de 2026.
Fonte: NotĂcias ao Minuto
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